terça-feira, 24 de setembro de 2013

Contabilidade Ambiental



Há uma consciência quase que universal que os recursos naturais são limitados, e não podem mais ser desperdiçados, sob pena de comprometimento do equilíbrio ecológico de nosso planeta.

A contabilidade como ciência apresenta condições, por sua forma sistemática de registro e controle, de contribuir de forma positiva no campo de proteção ambiental, com dados econômicos e financeiros resultantes das interações de entidades que se utilizam da exploração do meio ambiente. Especificamente, tal conjunto de informações é denominado de “contabilidade ambiental”.

Contabilidade ambiental, portanto, é o registro do patrimônio ambiental (bens, direitos e obrigações ambientais) de determinada entidade, e suas respectivas mutações - expressos monetariamente.

Seu objetivo é propiciar informações regulares aos usuários internos e externos acerca dos eventos ambientais que causaram modificações na situação patrimonial da respectiva entidade, quantificado em moeda.

Historicamente, a Contabilidade do Meio Ambiente passou a ter status de um novo ramo da ciência contábil em fevereiro de 1998, com a finalização do "relatório financeiro e contábil sobre passivo e custos ambientais" pelo Grupo de trabalho inter-governamental das Nações Unidas de Especialistas em padrões Internacionais de Contabilidade e relatórios (ISAR – United Nations Intergovernanmental Working Group of Experts on International Standards of Accounting and Reporting).

A contabilidade é uma enorme fonte de registro, interpretação e informação de dados empresariais e governamentais. Sua utilidade social é bem expressa pelo então presidente da França, Jacques Chirac, em seu discurso na sessão plenária de encerramento do XV Congresso Mundial de Contadores, em 1997:

"... A profissão contábil desempenha um papel fundamental na modernização e internacionalização de nossa economia. Isso porque vocês não se restringem a cuidar de contas. Vocês são conselheiros e, às vezes, confidentes das administrações de companhias, para que têm um importante papel a desempenhar, especialmente em assuntos sociais e tributários. Vocês orientam pequenas e médias empresas e sua administração, simplificando as alternativas, que ainda são demasiado complexas. Vocês desempenham, portanto, um papel no desenvolvimento das possibilidades de emprego, o que merece um especial registro de reconhecimento...".
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL 
Em decorrência da crescente escassez de recursos naturais e da degradação da natureza, em todo o mundo acirrou-se o debate econômico, político e social sobre tais situações e as medidas necessárias à reversão deste cenário. Daí a necessidade de se conhecer o problema não somente sob seus aspectos mais amplos – mas também específicos: boa parte da degradação ambiental é decorrência dos próprios entes de produção de bens e serviços – o chamado “progresso a todo custo”. 
Como não é possível (nem desejável) reverter o progresso, pois os sistemas econômicos necessitam atender à demanda de bilhões de pessoas do planeta terra – há de se encontrar respostas às tais questões mediante um amplo e contínuo trabalho de aferição dos eventos ambientais por todos agentes (governo, entidades privadas e ONG`s) – daí a contabilidade, como ciência, tem a vantagem de oferecer meios de aferição econômica de tais políticas. 
A utilização irresponsável de meios naturais para a produção de bens e serviços, além dos danos ambientais óbvios, tende a gerar para a entidade que o provocou o repúdio da sociedade e dos consumidores. Economicamente, a gestão ambiental não precisa ser encarada como “um custo a mais”, mas uma ótima oportunidade de demonstrar a responsabilidade social e melhorar a imagem mercadológica – e por conseguinte – gerar um saudável ciclo de lucros sustentáveis a médio e longo prazo.
Para a tomada de decisões e avaliação regular de tais políticas ambientais, a contabilidade é imprescindível, pois gera informações relevantes aos administradores de qualquer entidade. 
Poderíamos sintetizar as seguintes vantagens da utilização da contabilidade ambiental: 
- identificar e alocar custos ambientais, de maneira que as decisões de investimentos estejam baseadas em custos e benefícios adequadamente medidos;
- permite aferir, economicamente, as reduções de gastos com água, energia e outros recursos, renováveis ou não;
- gera informações e demonstrativos sobre a eficácia e viabilidade econômica das ações ambientais;
- a publicação do balanço ambiental gera transparência da gestão e uma potencial melhoria de imagem da entidade produtora perante o público;

- a contínua correção das ações ambientais, em decorrência da utilização de dados físicos-contábeis, contribui para a sociedade como um todo – pois haverá redução do nível de agressão à natureza na elaboração de produtos e serviços indispensáveis.

portal de contabilidade

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mudanças no Imposto de Renda

          Sendo 2013 "O Ano da Contabilidade", a classe contábil vê renascer a paixão e engajamento nas questões relacionadas à profissão. Era de se esperar que várias mudanças ocorressem este ano para valorizar e facilitar o exercício da profissão. Dentre tantas, destacam-se as que atuam sobre a Declaração de Imposto de Renda - de interesse tanto para contadores como não-contadores.
           A declaração de imposto de renda em 2014 (ano-calendário 2013) pelo método de desconto padrão deixará de ser entregue por contribuintes com uma única fonte de renda. Isso porque este tipo de declaração será previamente preenchida pela Receita Federal, e estes contribuintes apenas confirmariam ou não os dados contidos no documento, como os valores recebidos do empregador. Para os demais, com mais de uma fonte de renda, a declaração permanecerá da forma que já é hoje, com alguns aperfeiçoamentos.
          Não seria possível eliminar a declaração de todas as pessoas físicas, visto que informações como despesas médicas, com educação, doações, necessitam ser prestadas pelo próprio contribuinte. Este tipo de informações não se encontram previamente na administração tributária, sendo necessário que o contribuinte as transmita para a Receita através da declaração.
         A declaração para os demais contribuintes já foi simplificada e permite, de forma fácil, que se preencha os dados com auxílio do programa específico e se faça a transmissão via internet. Isso contribuiu para o crescente número de declarações por meio eletrônico e diminuição do número de retenções na malha fina.
           Outra novidade para o próximo ano é que as pessoas jurídicas também terão a sua malha fina. Ou seja, entrarão para o banco de dados do Fisco, onde são armazenadas as declarações que apresentam inconsistências. Com dados das notas fiscais eletrônicas, por exemplo, é possível cruzar informações sobre subfaturamento e omissão de receitas, permitindo que se façam auditorias eletrônicas por meio dos valores de compra e assim estimar as receitas do contribuinte. Detectadas irregularidades, a empresa será chamada  para se regularizar junto a Receita.
         

terça-feira, 16 de julho de 2013

Contabilidade Comercial

O estudante da contabilidade, assim como o próprio contador, precisa estar atualizado acerca da forma como realizar escriturações e contabilizar de acordo com o tipo de inventário utilizado por uma empresa.
Primeiramente, com o lançamento de Subscrição (abertura) a empresa começa a funcionar. Depois, os sócios integralizam o capital subscrito seja em dinheiro (caixa ou depósito), veículos, imóveis - de acordo com sua integralização o valor será lançado em determinada conta. Apesar de haver um padrão para os lançamentos contábeis, as empresas podem optar por diferentes linhas de lançamentos, especialmente em operações comerciais, e esse será o foco neste post.
As empresas que optarem por controle de inventário periódico terão os lançamentos de compra e venda de mercadorias mais simplificados.
Como não é efetuado o controle contínuo das movimentações de entrada e saída, bem como de seu estoque final, o CMV será apurado da seguinte forma: 
CMV = Estoque Inicial (Ei) + Compras (C) - Estoque Final (Ef)
Para obter o Resultado com Mercadorias (RCM) da empresa, abate-se o valor de Vendas (V) sobre o resultado da fórmula acima. Logo:
 RCM = CMV - V

 A abordagem sobre o inventário permanente é muito maior, com um número muito elevado de lançamentos.
Para o controle de estoque é necessário uma ficha, que pode ser preenchida conforme os modelos de PEPs, UEPs ou Custo Médio Ponderado.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuVo9pcPhln8Gg2waEYzpRZJetWs68azX9QCl3hchnEjuprcU6_AC3ZKnUkSLiU5aYkcBg2L9McHD6uXYEqq0xkcWsJhu80xLvW-YTB1k2mLxTshoUruZjCEbq_EBgKrehEkyRx77BbWw/s400/TABELA2.JPG

O CMV é mostrado na coluna "Valor Total das Saídas" e o estoque de mercadorias atualizado é o "Valor Total do Saldo".
Abaixo, um resumo em tabela dos principais lançamentos contábeis para este tipo de inventário:




Saiba mais sobre lançamentos e operações com mercadorias
"Contabilidade de Operações" - Franco Martins
Contabilidade Comercial Transparências - Slide
Fórum Contábeis
Exemplos de Lançamentos




quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Contabilidade atual e os desafios que o aluno encontra para ser um profissional de excelência.


A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE

A contabilidade atual está em processo de transformação e adequação às novas exigências da sociedade, atualizando-se nas mudanças exigidas pela globalização do mercado e da nova tecnologia. Certamente uns dos assuntos mais atuais são: o conhecimento contábil, a situação das empresas e sua contabilidade; e a tributação e sua burocracia em nosso país.
Nos dias atuais, a concorrência fechada em grande parte a nosso próprio país agora se estende a todo o mundo. Uma empresa nacional pode ser surpreendida por um concorrente do outro lado do mundo, mas um controle e assessoramento contábil eficiente podem fazer a diferença.
A visão do contador nacional atual, que está em processo de mudança, é a do profissional que faz apenas a escrituração contábil e finalidades fiscais, e não como o aliado que traz consigo importantes informações. Um dos fatores é a alta carga tributária que chega a 1/3 do PIB nacional, com isso muito profissionais contábeis acabam por apenas cumprirem com as suas obrigações fiscais e tributárias de seu cliente, não se preocupando em muitos casos com o mercado ao redor do cliente, seu desenvolvimento e sua situação atuais no mercado competitivo. Hoje é necessário que o profissional estude constantemente as mudanças para se manter dinâmico e eficaz.
De acordo com Cecil Donovan em sua palestra no XV Congresso Mundial de Contabilidade, ela afirma que antes o ensino contábil era restrito a normas e princípios; está, hoje, trazendo a obrigação do estudante em obter experiência prática e bem planejada para obter sucesso e boa qualificação.

Certamente o ensino está passando por grandes transformações e um dos motivos é a constante alteração nas legislações e na lei das Sociedades por Ações. Tais mudanças acabam por trazer complicações ao futuro profissional, sendo necessário ao aluno estar se adequando sempre à legislação corrente no país.
Atualmente a capacitação do profissional é escassa, existindo apenas 7 cursos de mestrado e 1 curso de doutorado em nosso país.
Na palestra de Graham Carns, do Reino Unido, no XV Congresso Mundial de Contabilidade, são apontados os requisitos para o profissional estar adequado ao novo mercado de trabalho:
- Qualificação em graduação como ponto de partida;
- Visão altamente estratégica;
- Desenvolvimento de atividades com comunicação, informação e tecnologia;
- Desenvolvimento de valores adicionados como análise de negócios, estratégias e apoio em decisões;
- Desenvolver-se em vez de reagir;
- Buscar novas idéias.
Fica clara a importância do contador desenvolver-se no processo de formar e buscar as informações, e ser um conhecedor completo do mercado globalizado. O conhecimento passa a ser a resposta para o sucesso ou fracasso do profissional.
A importância do contador em estar por dentro das mudanças e das novas adequações da contabilidade é essencial; temos como exemplo a participação cada vez maior de profissionais no centro de estudos contábeis em todo o mundo, buscando a melhor forma de se adequar à contabilidade, às necessidades globais. Uma das barreiras existentes e a grande dificuldade em se padronizar relatórios contábeis para uma utilização internacional. 
O contador fica responsável por conhecer não apenas seu cliente, mas seus concorrentes, fornecedores e o mercado globalizado.
Conforme já citado, as empresas passam por um processo de globalização. Uma contabilidade eficaz pode ser a chave do sucesso ou se ineficaz, o fracasso de um negócio. Por isso a contabilidade apóia as necessidades normais dos negócios, empresas procuram profissionais para consultoria e assistência em vários assuntos, sendo que os principais interesses atualmente, são a redução dos custos e alcançar a qualidade conseguindo com isso bons lucros. O conhecimento hoje não é um recurso, mas o recurso.
De acordo com dados colhidos pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em nosso país, cerca de 80% das empresas são micros e pequenas empresas, e as mesmas são mais suscetíveis às mudanças constantes que as outras. Muitas destas empresas (cerca de 70%) não passam dos cinco anos pela média nacional, justamente por serem frágeis a alterações na economia, a grandes concorrentes, falta de informações sobre o mercado e até mesmo sobre o seu próprio negócio.
De acordo com José Carlos Marion, três são as causas possíveis da alta porcentagem de empresas que fecham antes dos cinco anos:
- Perfil inadequado de pequenos empresários;
- Perfil inadequado dos serviços contábeis;
- Cultura brasileira de sonegação.
A burocracia e o excesso de tributos é o maior atraso nos procedimentos contábeis. Nosso país, de acordo com fontes da Audilink Auditores e Consultores, está entre uns dos maiores em carga tributária, e com isso, apoiadas pela burocracia, muitas empresas acabam por encerrar atividades como uma das causas por falta de planejamento tributário.
Ao contador se eleva cada vez mais a responsabilidade da verificação da obrigação do recolhimento e pagamento da maioria dos impostos. Existe a revolta de muitos contadores e profissionais da área onde os mesmos afirmam que “trabalham para o cliente e o governo”, sendo o serviço tributário e fiscal o grande tomador do tempo dos profissionais. Mas a necessidade do planejamento é essencial para o contador atualmente, tanto a verificação constante de legislação dos impostos e a adequação a cada empresa são as principais fases do plano de negócio e acompanhamento da empresa.
De acordo com o Jornal do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) de março/abril de 2004, em sua matéria “Burocracia é o entrave para o crescimento econômico do país”, o número de declarações, demonstrativos, formulários, fichas, guias, e outros elementos para declaração ao FISCO, chegam a 100. Além disso, temos também a responsabilidade total dos escritórios de contabilidade, no recolhimento dos mesmos.
A cada ano que se passa aumentam mais os impostos e os contadores devem se adequar a cada um deles, planejando e adequando seu tempo e serviço as novas obrigações.
Portanto, não basta apenas o acompanhamento e trazendo informações atualmente, para se ter uma “vida saudável” da empresa; um projeto e acompanhamento tributário e fiscal são essências para a contabilidade da empresa.

POSSÍVEIS TENDÊNCIAS PARA O FUTURO

O futuro da contabilidade depende do desenvolvimento da sociedade e sua forma de adequação aos novos conceitos dentro das novas necessidades que irão surgir futuramente.
Conforme citação de Antonio Lopes de Sá em seu livro Teoria da contabilidade, o mesmo afirma que o desenvolvimento contábil acelerou muito nos últimos 200 anos. A cada dia que passa novos conhecimentos são aplicados a reais e futuras necessidades.
O que irá determinar a ascensão ou queda de uma empresa no futuro será a globalização da economia ou as relações de negócios, sendo necessário o constante estudo do contador das mudanças para sempre se manter atualizado.
Umas das necessidades que deverão ser resolvidas é a padronização mundial dos preceitos e normas contábeis juntamente com o aprimoramento da linguagem contábil para o melhor entendimento do usuário, e até mesmo a padronização mundial da própria profissão contábil, conseguindo com isso facilitar a relação comercial e a interação entre toda e qualquer empresa do mundo. Dessa forma o contador poderá trabalhar tranqüilamente em empresas multinacionais, aqui no Brasil, e em suas filiais em qualquer parte do mundo.
Existe a preocupação de que se não houver uma padronização internacional, irá ocorrer uma grande confusão nas interpretações contábeis em um futuro não muito longe.
De acordo com o grande estudioso Hendriksen, a contabilidade não tem evoluído com a mesma velocidade do quê a sociedade, isso pode acarretar em possíveis e eminentes problemas, já que os instrumentos não serão suficientes para ema evolução pertinente.
A crescente obrigação fiscal e tributária, junto com o crescimento econômico, fará com que a necessidade de um sistema gerencial contábil seja eficiente e ágil.
A necessidade de se aproximar do usuário e estar junto dele para se formar decisões importantes, será maior no futuro; a velocidade, tecnologia e precisão, serão o ponto certo para o contador realizar os seus objetivos.
O profissional contábil deverá saber a real necessidade do usuário e saber realizar suas necessidades identificando-as e respondendo as perguntas cada vez mais rápidas chegando futuramente à velocidade instantânea.
Novas fontes de riqueza estão aparecendo, com isso, no futuro as normas e procedimentos contábeis irão valorizar o capital intelectual como uma das principais riquezas de muitas empresas, já que atualmente, existe muita diferença entre o capital real e a do balanço em muitas empresas ao redor do mundo.
Na palestra de Cecil Donovan, da Irlanda, no XV Congresso Mundial de Contabilidade, podemos citar algumas possíveis transformações:
- As informações contábeis baseadas em custo histórico devem ser ajustadas pela inflação, quando houver necessidade;
- Os ativos fixos devem ser reavaliados dentro de períodos razoáveis;
- Divulgação de transações com sócios e efeitos de operações;
- Relatórios de empresas deverão incluir informações sobre proprietários;
- Aumento regulamentação governamental burocrática;
- Mudanças drásticas no comportamento do usuário.

Podemos ver claramente como a globalização está e irá mostrar-se mais ativa no futuro próximo. Novos conceitos irão surgir e caberá aos futuros profissionais buscar a melhor forma de conciliação. Ainda podemos acrescentar que, possivelmente, haverá a adequação das informações da empresa a investidores.
Mas uma das áreas novas que irão estar presentes em maior representação é a contabilidade ambiental, trabalhando a partir de ativos e passivos ambientais, a contabilidade estará mais presente nos problemas ambientais. A cobrança às empresas quanto à poluição e destruição do meio ambiente serão contabilizados, pois suas punições serão muito mais severas.
O crescimento tecnológico já tem grande participação na contabilidade atual e aumentará ainda mais, estando totalmente interligada na prestação de informações úteis.
Os benefícios da Internet estarão contribuindo, pois permitirão a expansão do conhecimento contábil com estudantes, profissionais, faculdades e instituições, trocando informações importantes para o desenvolvimento do profissional.
Temos também o acompanhamento on-line de contabilização e informações a empresários e fornecedores em qualquer região do mundo.

CONCLUSÃO

A Globalização está trazendo à contabilidade o desafio de se adequar e proporcionar a melhor forma de prestar informações úteis, rápidas e eficientes aos usuários.
As responsabilidades do contador, atualmente, estão ficando cada vez mais importantes, não só a de manter a entidade burocraticamente, mas trazer informações úteis para tomada de decisões.
É clara a necessidade do contador manter-se atualizado. Cursos, eventos de reciclagem e o interesse intelectual são cruciais para ser um bom profissional.
Entender o mercado a sua volta deixa de ser tarefa do administrador e passa a fazer parte do serviço contábil. Conhecer fornecedores, concorrentes e clientes é obrigatório.
As novas tecnologias estão cada vez mais participantes em nosso dia-a-dia. O contador deverá estar atento às mudanças tecnologias e saber como se se utilizar delas para manter atualizado.
Novos mercados estão em processo de adequação. Conhecer futuros mercados e começar a se empenhar em conhecê-los se faz prioritário para estar à frente.
O contador é parte fundamental do desenvolvimento da sociedade, portanto buscar a atualização profissional é a resposta para o sucesso.

REFERÊNCIAS

DE LUCA, Márcia M. Mendes & Martins, ELISEU. Ecologia via Contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade (RBC), n. 86, março de 1994, p.20-33.
FRANCO, Hilário. A Contabilidade na Era da Globalização: Temas Discutidos no XV Congresso Mundial de Contadores em Paris, 26 a 29-10-97, compilados, traduzidos e comentados. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1999
JÚNIOR, José Hernandez Perez Junior. Conversão de Demonstrações Contábeis para Moeda Estrangeira. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002
MOTA, Andréa. Burocracia é um entrave para o crescimento econômico do País. Jornal do CFC, Brasília, mar/abr. 2004. Seção Política, p.08.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Sistemas de Informações Contábeis: Fundamentos e Análise. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1998
SÁ, Antonio Lopes. Teoria da Contabilidade. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Conceito da Contabilidade seus objetivos.

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

            Por que é necessário ter uma noção do desenvolvimento e da evolução histórica da disciplina?
         A Contabilidade é uma ciência essencialmente utilitária, no sentido de que responde, por mecanismos próprios, a estímulos dos vários setores de economia. Portanto, entender a evolução das sociedades, em seus aspectos econômicos, dos usuários da informação contábil, em suas necessidades informativas, é a melhor forma de entender e definir os objetivos da Contabilidade.

CONCEITO

A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante registro, demonstração e interpretação dos fatos nele ocorridos.
“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica.” – Conceito oficial formulado no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado no Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924.

“A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.” – Pronunciamento do Instituto Brasileiro de Contadores, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários através da Deliberação CVM nº 29/86.
“É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação destes fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”. – Hilário Franco, Contabilidade Geral, Editora Atlas.

OBJETO DA CONTABILIDADE

            O objeto da Contabilidade é o Patrimônio das entidades econômico-administrativas.
          Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim determinado.  São classificadas em:
a)     Instituições:
      Entidades com fim sócio-econômico: visam lucro que reverterá em benefício da coletividade a que pertencem. Exemplos: institutos de aposentadorias, pensões, previdência, etc.
           Entidades com fins sociais: tem por objetivo o bem-estar social da coletividade. Exemplo: associações recreativas e esportivas, hospitais beneficentes, asilos, etc.
b)   Empresas: finalidade econômica que visa ao lucro. Exemplo: empresas comerciais, industriais, agrícolas, etc. Podem ser públicas (constituídas com capital do governo: CEF, Correios, etc.), privadas (constituídas com capital de particulares: Casas Bahia, Carrefour, etc.) ou mistas (capital do governo e particulares: Banco do Brasil, Petrobrás, etc.).

OBJETIVO DA CONTABILIDADE

    “O objetivo da Contabilidade é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas.” Osni Moura Ribeiro.
     “O objetivo principal da contabilidade, portanto, é o de permitir, a cada grupo de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras.”
      “O objetivo da contabilidade, portanto, pode ser resumido no fornecimento de informações econômicas para os vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais.”
    “Para ajudar investidores e credores na avaliação do fluxo de caixa futuro líquido da empresa em relação a quantidade, oportunidade e incerteza.”
   “O objetivo da contabilidade financeira é proporcionar um sistema de informação e comunicação externa para coletar, compactar, interpretar e disseminar dados econômicos, que dêem uma representação financeira dos desejos econômicos e os interesses relativos dos segmentos da economia, a fim de facilitar a esses segmentos a formulação de juízos e à tomada de decisões.”

DA CONTABILIDADE

A principal finalidade da Contabilidade é permitir a obtenção de informações econômicas e financeiras acerca da entidade.

APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

            A contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas.

O PROFISSIONAL CONTÁBIL

         Denomina-se técnico em contabilidade aquele que cursou Contabilidade em nível de 2º grau. Após o término do curso superior (3º grau) de Contabilidade, o profissional é chamado Contador ou bacharel em Ciências Contábeis.
             Tanto o técnico em Contabilidade quanto o contador são chamados contabilistas, e ambos podem, legalmente, ser responsáveis pela contabilidade das empresas, analistas de balanços, pesquisadores contábeis, etc.
            O contador, porém, está habilitado a exercer outras atividades não cabíveis ao técnico em Contabilidade.
            Essas atividades são:
-       Auditoria: exame e verificação da exatidão dos procedimentos contábeis.
-       Perícia Contábil: investigação contábil de empresas motivadas por uma questão judicial (solicitada pela justiça).
-       Professor de Contabilidade: o contador pode ser professor de curso técnico. Para ser professor de curso superior exige-se pós-graduação.

USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

            Compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse na avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade, como sócios, acionistas, administradores, governo, fornecedores, bancos, etc.

Sócios, Acionistas e Proprietários

      Essas pessoas, interessadas primariamente na rentabilidade e segurança de seus investimentos, que muitas vezes se mantém afastadas da direção das empresas, necessitam de informações resumidas que dêem respostas claras e concisas (precisas, exatas) a suas perguntas.
            Por exemplo: qual a taxa de lucratividade proporcionada o seu investimentos em ações ou quotas da sociedade?
          Será que a empresa continua a oferecer, a médio e a longos prazos, perspectivas de rentabilidade e segurança para seu investimento?
      Existe alguma alternativa mais adequada para seus investimentos? Normalmente, relatórios elaborados pela Contabilidade e esclarecimentos pela administração por ocasião das assembléias ou reuniões de sócios realizadas algum tempo após o encerramento dos exercícios são suficientes para responder a tais perguntas.

Administradores, Diretores e Executivos dos mais variados escalões

     O interesse nos dados contábeis dessas pessoas atinge um grau de profundidade e análise, bem como de frequência, muito maior que para os demais grupos.
        De fato, são eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisões de cada entidade a que pertencem.
        Tais decisões visam principalmente ao futuro, mas, para se preparar para agir no futuro, é necessário não apenas conhecer detalhadamente o que aconteceu no passado, como também o que está acontecendo no momento.
         Note-se que as informações fornecidas pela Contabilidade não se limitam, como julgam muitos, ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Resultados.
       Além destas informações básicas e finais de um período contábil, a Contabilidade fornece aos administradores um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos da gestão financeira e econômica das empresas.
        O administrador inteligente, que sabe usar a informação contábil e que conhece suas limitações, tem em suas mãos um poderoso instrumental de trabalho que lhe permite tomar decisões visando ao futuro com maior segurança, bem como conhecer a situação atual e o grau de acerto ou desacerto de suas decisões passadas.

Bancos, Capitalistas, Emprestadores de Dinheiro

        Para estas entidades e pessoas, as perguntas são mais ou menos parecidas às formuladas pelos sócios, com a diferença de que o interesse dos sócios, quotistas e proprietários das empresas às vezes vão algo além do puro interesse de retorno, estando associadas também razões sentimentais, profissionais e de pioneirismo em seus investimentos.
            Quando a empresa opera com prejuízo ou começa a operar ineficientemente, é muito provável que os sócios continuem a investir nela seus capitais na esperança de uma melhoria, ao passo que os emprestadores de dinheiro, cuja única finalidade é a rentabilidade e segurança de retorno de seus investimentos, serão os primeiros a abandonar o barco em perigo de naufrágio.
         Basicamente, todavia, o nível, a quantidade e, principalmente, a qualidade da informação requerida são parecidos, com maior ênfase para os fluxos financeiros, no que se refere aos emprestadores em geral.

Governo e Economistas Governamentais

            As repartições e os economistas governamentais têm duplo interesse nas informações contábeis. Em primeiro lugar, baseando-se frequentemente em tais informações é que se exerce o poder de tributar e arrecadar impostos, taxas e contribuições.
            Isto é especificamente verdadeiro no caso da maioria das empresas, cujo imposto de renda é taxado a partir dos balanços, embora alguns ajustes tenham que ser feitos ao lucro contábil para se apurar o lucro tributável.
            Em segundo lugar, os economistas encarregados de análises globais ou setoriais de nossa economia interessam-se pelos dados contábeis das diversas unidades, os quais, convenientemente agregados e tratados estatisticamente, podem fornecer bases adequadas para as análises econômicas.

Pessoas Físicas

            A contabilidade não deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das finanças também no caso dos patrimônios individuais.
         Frequentemente, as pessoas esquecem-se de que alguns conhecimentos de Contabilidade e Orçamento muito as ajudariam no controle, ordem e equilíbrio de seus orçamentos domésticos.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Simbologia do Anel do Contabilista


    O anel do contabilista é sempre motivo de interrogação sobre seu verdadeiro significado. Muito da simbologia perdeu-se pelos tempos, tornando a interpretação ainda mais complexa, porém resta o bastante para  comentarmos. 

    Símbolos são lembranças de conceitos e, conforme um antigo ditado, "uma imagem vale mais que mil palavras". Os anéis, para as profissões, evidenciam a qualificação que foi obtida em determinado campo de conhecimento. Como uma aliança que representa o matrimônio, um escudo para as agremiações ou entidades, os anéis de grau identificam as profissões que dependem de estudos.

    Em uma das mais antigas profissões do mundo (clique para saber mais sobre a história da contabilidade) o contabilista não poderia deixar de ter o seu anel. O anel do profissional da Contabilidade simboliza e exterioriza o compromisso, a aliança, a união do profissional com o conhecimento científico contábil, o campo do saber, e sua disposição de aplicá-lo em benefício da comunidade em que vive, engrandecendo e valorizando sua profissão, e enaltecendo sua pátria.  Surge no Brasil com os "peritos-contadores" (há mais de 50 anos), e desde seu aparecimento possui as seguintes características:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVXXE0KXpqkko9lWoDZorK3d-kc_G4YU7qtvEhtfmlPmhZOwvy3SYH6oXmBWCuc9qEDGpjojiMZdZXYMoQ15AQx-cTQvPwFKm65h9kHK2Lq8N4J87ikm3o5B4Roxn4MHsCrzz_6TNKov8/s1600/anel-de-formatura-significado-das-cores-turmalina-rosa.jpeg 
Estrutura de ouro.
Pedra principal na cor rosa forte, um rubislite.
Dois brilhantes ladeando a pedra principal, um em cada flanco.
Em uma lateral, a tábua da lei em platina ou ouro branco.
Em outra lateral, o caduceu estilizado em platina ou ouro branco.


    A tradição deu ao anel do contabilista (ainda não havia a divisão entre técnicos e contadores) uma identificação central, por sua pedra cor-de-rosa forte. A cor rosa do rubislite remete à cor vermelha do rubi, pedra-símbolo dos advogados, devido a forte conexão histórica entre Contabilidade e Direito, principalmente no século XIX.
Os brilhantes que ladeiam a pedra principal estão presentes em todos os anéis de graduação. Atribui-se a eles o símbolo do "valor cultural", associado ao "maior valor das pedras preciosas". Os brilhantes representam a transformação da pedra bruta, os estudantes, em joia lapidada, os profissionais plenamente capazes de exercer seu ofício.

http://img2.mlstatic.com/4291-r-joias-anel-de-formatura-de-contador_MLB-O-4327557136_052013.jpg 
    O desenho da tábua da lei em uma das laterais remete aos dez mandamentos de Moisés. Aceitar a tábua como instrumento simbólico parece-nos justo, para lembrar a responsabilidade legal da escrita contábil como instrumento de fé pública, e como o limite em que a atuação profissional não deve transgredir. Essa ideia se adapta a uma simbologia que apresenta, como uma de suas bases, a conduta do contabilista orientada ao respeito à lei. 

    O caduceu, presente na outra lateral do anel, é o símbolo da contabilidade. Sua figura é composta por um bastão com duas serpentes entrelaçadas a ele e um elmo alado em sua  parte superior. O uso do Caduceu pelos romanos simbolizava o equilíbrio moral e a boa conduta: o bastão expressando o poder; as duas serpentes representando a sabedoria, as asas como símbolo da diligência e o elmo, parte da armadura romana que protegia a cabeça, tem como significado a proteção aos pensamentos baixos que levam a ações desonestas.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie3LK__jFnSZdqgq00GMrqyW9wsV4eDJjRe10cf-cnhIdZBlIfjHjH82icAbb2_BGEkXTeQ3jl3sYttyDlBs5KQH3j8HyKOx1SmWxxfnItC0Qul42nSvBWkdZ7sWJEcmwc_QuPNM52tttV/s320/caduceu.jpg

    Os objetos simbólicos do anel que utilizamos como representação dos profissionais da Ciência Contábil trazem significados históricos e culturais. Embora a sociedade não conheça a fundo os símbolos ou seus significados, nós, futuros contabilistas devemos ter a consciência da importância daqueles valores representados no anel, para o melhor desenvolvimento das nossas atividades. É um objeto identificador de cultura e habilitação para o exercício da profissão contábil, seus símbolos inspiram significações sociais, ligadas à lei e à proteção dos que desempenham atividades, visando cumprir finalidades humanas produtivas, em favor próprio e da sociedade.



Referências:
http://www.crcpr.org.br
http://www.sedep.com.br/?idcanal=24191
http://www.crcmg.org.br/inst_anel.asp
http://simbologiacontabil.blogspot.com.br/2007/06/os-significados-dos-smbolos-contbeis.html

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A História da Contabilidade

                                               
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.
origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
 
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.
 
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
 
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.