terça-feira, 16 de julho de 2013

Contabilidade Comercial

O estudante da contabilidade, assim como o próprio contador, precisa estar atualizado acerca da forma como realizar escriturações e contabilizar de acordo com o tipo de inventário utilizado por uma empresa.
Primeiramente, com o lançamento de Subscrição (abertura) a empresa começa a funcionar. Depois, os sócios integralizam o capital subscrito seja em dinheiro (caixa ou depósito), veículos, imóveis - de acordo com sua integralização o valor será lançado em determinada conta. Apesar de haver um padrão para os lançamentos contábeis, as empresas podem optar por diferentes linhas de lançamentos, especialmente em operações comerciais, e esse será o foco neste post.
As empresas que optarem por controle de inventário periódico terão os lançamentos de compra e venda de mercadorias mais simplificados.
Como não é efetuado o controle contínuo das movimentações de entrada e saída, bem como de seu estoque final, o CMV será apurado da seguinte forma: 
CMV = Estoque Inicial (Ei) + Compras (C) - Estoque Final (Ef)
Para obter o Resultado com Mercadorias (RCM) da empresa, abate-se o valor de Vendas (V) sobre o resultado da fórmula acima. Logo:
 RCM = CMV - V

 A abordagem sobre o inventário permanente é muito maior, com um número muito elevado de lançamentos.
Para o controle de estoque é necessário uma ficha, que pode ser preenchida conforme os modelos de PEPs, UEPs ou Custo Médio Ponderado.

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O CMV é mostrado na coluna "Valor Total das Saídas" e o estoque de mercadorias atualizado é o "Valor Total do Saldo".
Abaixo, um resumo em tabela dos principais lançamentos contábeis para este tipo de inventário:




Saiba mais sobre lançamentos e operações com mercadorias
"Contabilidade de Operações" - Franco Martins
Contabilidade Comercial Transparências - Slide
Fórum Contábeis
Exemplos de Lançamentos




quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Contabilidade atual e os desafios que o aluno encontra para ser um profissional de excelência.


A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE

A contabilidade atual está em processo de transformação e adequação às novas exigências da sociedade, atualizando-se nas mudanças exigidas pela globalização do mercado e da nova tecnologia. Certamente uns dos assuntos mais atuais são: o conhecimento contábil, a situação das empresas e sua contabilidade; e a tributação e sua burocracia em nosso país.
Nos dias atuais, a concorrência fechada em grande parte a nosso próprio país agora se estende a todo o mundo. Uma empresa nacional pode ser surpreendida por um concorrente do outro lado do mundo, mas um controle e assessoramento contábil eficiente podem fazer a diferença.
A visão do contador nacional atual, que está em processo de mudança, é a do profissional que faz apenas a escrituração contábil e finalidades fiscais, e não como o aliado que traz consigo importantes informações. Um dos fatores é a alta carga tributária que chega a 1/3 do PIB nacional, com isso muito profissionais contábeis acabam por apenas cumprirem com as suas obrigações fiscais e tributárias de seu cliente, não se preocupando em muitos casos com o mercado ao redor do cliente, seu desenvolvimento e sua situação atuais no mercado competitivo. Hoje é necessário que o profissional estude constantemente as mudanças para se manter dinâmico e eficaz.
De acordo com Cecil Donovan em sua palestra no XV Congresso Mundial de Contabilidade, ela afirma que antes o ensino contábil era restrito a normas e princípios; está, hoje, trazendo a obrigação do estudante em obter experiência prática e bem planejada para obter sucesso e boa qualificação.

Certamente o ensino está passando por grandes transformações e um dos motivos é a constante alteração nas legislações e na lei das Sociedades por Ações. Tais mudanças acabam por trazer complicações ao futuro profissional, sendo necessário ao aluno estar se adequando sempre à legislação corrente no país.
Atualmente a capacitação do profissional é escassa, existindo apenas 7 cursos de mestrado e 1 curso de doutorado em nosso país.
Na palestra de Graham Carns, do Reino Unido, no XV Congresso Mundial de Contabilidade, são apontados os requisitos para o profissional estar adequado ao novo mercado de trabalho:
- Qualificação em graduação como ponto de partida;
- Visão altamente estratégica;
- Desenvolvimento de atividades com comunicação, informação e tecnologia;
- Desenvolvimento de valores adicionados como análise de negócios, estratégias e apoio em decisões;
- Desenvolver-se em vez de reagir;
- Buscar novas idéias.
Fica clara a importância do contador desenvolver-se no processo de formar e buscar as informações, e ser um conhecedor completo do mercado globalizado. O conhecimento passa a ser a resposta para o sucesso ou fracasso do profissional.
A importância do contador em estar por dentro das mudanças e das novas adequações da contabilidade é essencial; temos como exemplo a participação cada vez maior de profissionais no centro de estudos contábeis em todo o mundo, buscando a melhor forma de se adequar à contabilidade, às necessidades globais. Uma das barreiras existentes e a grande dificuldade em se padronizar relatórios contábeis para uma utilização internacional. 
O contador fica responsável por conhecer não apenas seu cliente, mas seus concorrentes, fornecedores e o mercado globalizado.
Conforme já citado, as empresas passam por um processo de globalização. Uma contabilidade eficaz pode ser a chave do sucesso ou se ineficaz, o fracasso de um negócio. Por isso a contabilidade apóia as necessidades normais dos negócios, empresas procuram profissionais para consultoria e assistência em vários assuntos, sendo que os principais interesses atualmente, são a redução dos custos e alcançar a qualidade conseguindo com isso bons lucros. O conhecimento hoje não é um recurso, mas o recurso.
De acordo com dados colhidos pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em nosso país, cerca de 80% das empresas são micros e pequenas empresas, e as mesmas são mais suscetíveis às mudanças constantes que as outras. Muitas destas empresas (cerca de 70%) não passam dos cinco anos pela média nacional, justamente por serem frágeis a alterações na economia, a grandes concorrentes, falta de informações sobre o mercado e até mesmo sobre o seu próprio negócio.
De acordo com José Carlos Marion, três são as causas possíveis da alta porcentagem de empresas que fecham antes dos cinco anos:
- Perfil inadequado de pequenos empresários;
- Perfil inadequado dos serviços contábeis;
- Cultura brasileira de sonegação.
A burocracia e o excesso de tributos é o maior atraso nos procedimentos contábeis. Nosso país, de acordo com fontes da Audilink Auditores e Consultores, está entre uns dos maiores em carga tributária, e com isso, apoiadas pela burocracia, muitas empresas acabam por encerrar atividades como uma das causas por falta de planejamento tributário.
Ao contador se eleva cada vez mais a responsabilidade da verificação da obrigação do recolhimento e pagamento da maioria dos impostos. Existe a revolta de muitos contadores e profissionais da área onde os mesmos afirmam que “trabalham para o cliente e o governo”, sendo o serviço tributário e fiscal o grande tomador do tempo dos profissionais. Mas a necessidade do planejamento é essencial para o contador atualmente, tanto a verificação constante de legislação dos impostos e a adequação a cada empresa são as principais fases do plano de negócio e acompanhamento da empresa.
De acordo com o Jornal do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) de março/abril de 2004, em sua matéria “Burocracia é o entrave para o crescimento econômico do país”, o número de declarações, demonstrativos, formulários, fichas, guias, e outros elementos para declaração ao FISCO, chegam a 100. Além disso, temos também a responsabilidade total dos escritórios de contabilidade, no recolhimento dos mesmos.
A cada ano que se passa aumentam mais os impostos e os contadores devem se adequar a cada um deles, planejando e adequando seu tempo e serviço as novas obrigações.
Portanto, não basta apenas o acompanhamento e trazendo informações atualmente, para se ter uma “vida saudável” da empresa; um projeto e acompanhamento tributário e fiscal são essências para a contabilidade da empresa.

POSSÍVEIS TENDÊNCIAS PARA O FUTURO

O futuro da contabilidade depende do desenvolvimento da sociedade e sua forma de adequação aos novos conceitos dentro das novas necessidades que irão surgir futuramente.
Conforme citação de Antonio Lopes de Sá em seu livro Teoria da contabilidade, o mesmo afirma que o desenvolvimento contábil acelerou muito nos últimos 200 anos. A cada dia que passa novos conhecimentos são aplicados a reais e futuras necessidades.
O que irá determinar a ascensão ou queda de uma empresa no futuro será a globalização da economia ou as relações de negócios, sendo necessário o constante estudo do contador das mudanças para sempre se manter atualizado.
Umas das necessidades que deverão ser resolvidas é a padronização mundial dos preceitos e normas contábeis juntamente com o aprimoramento da linguagem contábil para o melhor entendimento do usuário, e até mesmo a padronização mundial da própria profissão contábil, conseguindo com isso facilitar a relação comercial e a interação entre toda e qualquer empresa do mundo. Dessa forma o contador poderá trabalhar tranqüilamente em empresas multinacionais, aqui no Brasil, e em suas filiais em qualquer parte do mundo.
Existe a preocupação de que se não houver uma padronização internacional, irá ocorrer uma grande confusão nas interpretações contábeis em um futuro não muito longe.
De acordo com o grande estudioso Hendriksen, a contabilidade não tem evoluído com a mesma velocidade do quê a sociedade, isso pode acarretar em possíveis e eminentes problemas, já que os instrumentos não serão suficientes para ema evolução pertinente.
A crescente obrigação fiscal e tributária, junto com o crescimento econômico, fará com que a necessidade de um sistema gerencial contábil seja eficiente e ágil.
A necessidade de se aproximar do usuário e estar junto dele para se formar decisões importantes, será maior no futuro; a velocidade, tecnologia e precisão, serão o ponto certo para o contador realizar os seus objetivos.
O profissional contábil deverá saber a real necessidade do usuário e saber realizar suas necessidades identificando-as e respondendo as perguntas cada vez mais rápidas chegando futuramente à velocidade instantânea.
Novas fontes de riqueza estão aparecendo, com isso, no futuro as normas e procedimentos contábeis irão valorizar o capital intelectual como uma das principais riquezas de muitas empresas, já que atualmente, existe muita diferença entre o capital real e a do balanço em muitas empresas ao redor do mundo.
Na palestra de Cecil Donovan, da Irlanda, no XV Congresso Mundial de Contabilidade, podemos citar algumas possíveis transformações:
- As informações contábeis baseadas em custo histórico devem ser ajustadas pela inflação, quando houver necessidade;
- Os ativos fixos devem ser reavaliados dentro de períodos razoáveis;
- Divulgação de transações com sócios e efeitos de operações;
- Relatórios de empresas deverão incluir informações sobre proprietários;
- Aumento regulamentação governamental burocrática;
- Mudanças drásticas no comportamento do usuário.

Podemos ver claramente como a globalização está e irá mostrar-se mais ativa no futuro próximo. Novos conceitos irão surgir e caberá aos futuros profissionais buscar a melhor forma de conciliação. Ainda podemos acrescentar que, possivelmente, haverá a adequação das informações da empresa a investidores.
Mas uma das áreas novas que irão estar presentes em maior representação é a contabilidade ambiental, trabalhando a partir de ativos e passivos ambientais, a contabilidade estará mais presente nos problemas ambientais. A cobrança às empresas quanto à poluição e destruição do meio ambiente serão contabilizados, pois suas punições serão muito mais severas.
O crescimento tecnológico já tem grande participação na contabilidade atual e aumentará ainda mais, estando totalmente interligada na prestação de informações úteis.
Os benefícios da Internet estarão contribuindo, pois permitirão a expansão do conhecimento contábil com estudantes, profissionais, faculdades e instituições, trocando informações importantes para o desenvolvimento do profissional.
Temos também o acompanhamento on-line de contabilização e informações a empresários e fornecedores em qualquer região do mundo.

CONCLUSÃO

A Globalização está trazendo à contabilidade o desafio de se adequar e proporcionar a melhor forma de prestar informações úteis, rápidas e eficientes aos usuários.
As responsabilidades do contador, atualmente, estão ficando cada vez mais importantes, não só a de manter a entidade burocraticamente, mas trazer informações úteis para tomada de decisões.
É clara a necessidade do contador manter-se atualizado. Cursos, eventos de reciclagem e o interesse intelectual são cruciais para ser um bom profissional.
Entender o mercado a sua volta deixa de ser tarefa do administrador e passa a fazer parte do serviço contábil. Conhecer fornecedores, concorrentes e clientes é obrigatório.
As novas tecnologias estão cada vez mais participantes em nosso dia-a-dia. O contador deverá estar atento às mudanças tecnologias e saber como se se utilizar delas para manter atualizado.
Novos mercados estão em processo de adequação. Conhecer futuros mercados e começar a se empenhar em conhecê-los se faz prioritário para estar à frente.
O contador é parte fundamental do desenvolvimento da sociedade, portanto buscar a atualização profissional é a resposta para o sucesso.

REFERÊNCIAS

DE LUCA, Márcia M. Mendes & Martins, ELISEU. Ecologia via Contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade (RBC), n. 86, março de 1994, p.20-33.
FRANCO, Hilário. A Contabilidade na Era da Globalização: Temas Discutidos no XV Congresso Mundial de Contadores em Paris, 26 a 29-10-97, compilados, traduzidos e comentados. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1999
JÚNIOR, José Hernandez Perez Junior. Conversão de Demonstrações Contábeis para Moeda Estrangeira. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002
MOTA, Andréa. Burocracia é um entrave para o crescimento econômico do País. Jornal do CFC, Brasília, mar/abr. 2004. Seção Política, p.08.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Sistemas de Informações Contábeis: Fundamentos e Análise. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1998
SÁ, Antonio Lopes. Teoria da Contabilidade. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Conceito da Contabilidade seus objetivos.

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

            Por que é necessário ter uma noção do desenvolvimento e da evolução histórica da disciplina?
         A Contabilidade é uma ciência essencialmente utilitária, no sentido de que responde, por mecanismos próprios, a estímulos dos vários setores de economia. Portanto, entender a evolução das sociedades, em seus aspectos econômicos, dos usuários da informação contábil, em suas necessidades informativas, é a melhor forma de entender e definir os objetivos da Contabilidade.

CONCEITO

A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante registro, demonstração e interpretação dos fatos nele ocorridos.
“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica.” – Conceito oficial formulado no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado no Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924.

“A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.” – Pronunciamento do Instituto Brasileiro de Contadores, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários através da Deliberação CVM nº 29/86.
“É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação destes fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”. – Hilário Franco, Contabilidade Geral, Editora Atlas.

OBJETO DA CONTABILIDADE

            O objeto da Contabilidade é o Patrimônio das entidades econômico-administrativas.
          Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim determinado.  São classificadas em:
a)     Instituições:
      Entidades com fim sócio-econômico: visam lucro que reverterá em benefício da coletividade a que pertencem. Exemplos: institutos de aposentadorias, pensões, previdência, etc.
           Entidades com fins sociais: tem por objetivo o bem-estar social da coletividade. Exemplo: associações recreativas e esportivas, hospitais beneficentes, asilos, etc.
b)   Empresas: finalidade econômica que visa ao lucro. Exemplo: empresas comerciais, industriais, agrícolas, etc. Podem ser públicas (constituídas com capital do governo: CEF, Correios, etc.), privadas (constituídas com capital de particulares: Casas Bahia, Carrefour, etc.) ou mistas (capital do governo e particulares: Banco do Brasil, Petrobrás, etc.).

OBJETIVO DA CONTABILIDADE

    “O objetivo da Contabilidade é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas.” Osni Moura Ribeiro.
     “O objetivo principal da contabilidade, portanto, é o de permitir, a cada grupo de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras.”
      “O objetivo da contabilidade, portanto, pode ser resumido no fornecimento de informações econômicas para os vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais.”
    “Para ajudar investidores e credores na avaliação do fluxo de caixa futuro líquido da empresa em relação a quantidade, oportunidade e incerteza.”
   “O objetivo da contabilidade financeira é proporcionar um sistema de informação e comunicação externa para coletar, compactar, interpretar e disseminar dados econômicos, que dêem uma representação financeira dos desejos econômicos e os interesses relativos dos segmentos da economia, a fim de facilitar a esses segmentos a formulação de juízos e à tomada de decisões.”

DA CONTABILIDADE

A principal finalidade da Contabilidade é permitir a obtenção de informações econômicas e financeiras acerca da entidade.

APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

            A contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas.

O PROFISSIONAL CONTÁBIL

         Denomina-se técnico em contabilidade aquele que cursou Contabilidade em nível de 2º grau. Após o término do curso superior (3º grau) de Contabilidade, o profissional é chamado Contador ou bacharel em Ciências Contábeis.
             Tanto o técnico em Contabilidade quanto o contador são chamados contabilistas, e ambos podem, legalmente, ser responsáveis pela contabilidade das empresas, analistas de balanços, pesquisadores contábeis, etc.
            O contador, porém, está habilitado a exercer outras atividades não cabíveis ao técnico em Contabilidade.
            Essas atividades são:
-       Auditoria: exame e verificação da exatidão dos procedimentos contábeis.
-       Perícia Contábil: investigação contábil de empresas motivadas por uma questão judicial (solicitada pela justiça).
-       Professor de Contabilidade: o contador pode ser professor de curso técnico. Para ser professor de curso superior exige-se pós-graduação.

USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

            Compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse na avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade, como sócios, acionistas, administradores, governo, fornecedores, bancos, etc.

Sócios, Acionistas e Proprietários

      Essas pessoas, interessadas primariamente na rentabilidade e segurança de seus investimentos, que muitas vezes se mantém afastadas da direção das empresas, necessitam de informações resumidas que dêem respostas claras e concisas (precisas, exatas) a suas perguntas.
            Por exemplo: qual a taxa de lucratividade proporcionada o seu investimentos em ações ou quotas da sociedade?
          Será que a empresa continua a oferecer, a médio e a longos prazos, perspectivas de rentabilidade e segurança para seu investimento?
      Existe alguma alternativa mais adequada para seus investimentos? Normalmente, relatórios elaborados pela Contabilidade e esclarecimentos pela administração por ocasião das assembléias ou reuniões de sócios realizadas algum tempo após o encerramento dos exercícios são suficientes para responder a tais perguntas.

Administradores, Diretores e Executivos dos mais variados escalões

     O interesse nos dados contábeis dessas pessoas atinge um grau de profundidade e análise, bem como de frequência, muito maior que para os demais grupos.
        De fato, são eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisões de cada entidade a que pertencem.
        Tais decisões visam principalmente ao futuro, mas, para se preparar para agir no futuro, é necessário não apenas conhecer detalhadamente o que aconteceu no passado, como também o que está acontecendo no momento.
         Note-se que as informações fornecidas pela Contabilidade não se limitam, como julgam muitos, ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Resultados.
       Além destas informações básicas e finais de um período contábil, a Contabilidade fornece aos administradores um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos da gestão financeira e econômica das empresas.
        O administrador inteligente, que sabe usar a informação contábil e que conhece suas limitações, tem em suas mãos um poderoso instrumental de trabalho que lhe permite tomar decisões visando ao futuro com maior segurança, bem como conhecer a situação atual e o grau de acerto ou desacerto de suas decisões passadas.

Bancos, Capitalistas, Emprestadores de Dinheiro

        Para estas entidades e pessoas, as perguntas são mais ou menos parecidas às formuladas pelos sócios, com a diferença de que o interesse dos sócios, quotistas e proprietários das empresas às vezes vão algo além do puro interesse de retorno, estando associadas também razões sentimentais, profissionais e de pioneirismo em seus investimentos.
            Quando a empresa opera com prejuízo ou começa a operar ineficientemente, é muito provável que os sócios continuem a investir nela seus capitais na esperança de uma melhoria, ao passo que os emprestadores de dinheiro, cuja única finalidade é a rentabilidade e segurança de retorno de seus investimentos, serão os primeiros a abandonar o barco em perigo de naufrágio.
         Basicamente, todavia, o nível, a quantidade e, principalmente, a qualidade da informação requerida são parecidos, com maior ênfase para os fluxos financeiros, no que se refere aos emprestadores em geral.

Governo e Economistas Governamentais

            As repartições e os economistas governamentais têm duplo interesse nas informações contábeis. Em primeiro lugar, baseando-se frequentemente em tais informações é que se exerce o poder de tributar e arrecadar impostos, taxas e contribuições.
            Isto é especificamente verdadeiro no caso da maioria das empresas, cujo imposto de renda é taxado a partir dos balanços, embora alguns ajustes tenham que ser feitos ao lucro contábil para se apurar o lucro tributável.
            Em segundo lugar, os economistas encarregados de análises globais ou setoriais de nossa economia interessam-se pelos dados contábeis das diversas unidades, os quais, convenientemente agregados e tratados estatisticamente, podem fornecer bases adequadas para as análises econômicas.

Pessoas Físicas

            A contabilidade não deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das finanças também no caso dos patrimônios individuais.
         Frequentemente, as pessoas esquecem-se de que alguns conhecimentos de Contabilidade e Orçamento muito as ajudariam no controle, ordem e equilíbrio de seus orçamentos domésticos.